sexta-feira, 4 de abril de 2014

Pôr-do-sol

Pôr-do-sol

Dia nublado
Nuvem de triste fado
O sol não sorri mais
Os pássaros lá não voltam jamais
Ouve-se só o canto de lamento
Corta-lhe o rosto o frio vento
As lembranças corroem a mente
As mãos apertam-se insensivelmente
O coração em cadência com a angústia
E as lágrimas confortam o rosto de amor penúria.
A lenta respiração sussurra
E disputa com o vento
A atenção de si mesmo
Boas lembranças ecoam na mente.
É tarde.
O olhar soturno contempla a consumação do dia.
Sozinha.
Eis que todos se foram!
Estão ao redor, mas não estão.
Deu-se valor, mas perdeu-se.
Lamúria.
Foi-se junto com o sol,
Infeliz e lentamente,
Esfriando-se,
Em silêncio partiu-se,
Em silêncio hoje clamam.
É tarde.
É fim de tarde.
O sol que não se vê despede-se.
Em silêncio, sem adeus.
O escuro cresce.
O murmúrio do dia mau permanece,
Mas as lembranças jamais falecem.

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